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ACTIONAID ORGANIZA MESA REDONDA SOBRE O IMPACTO DAS MEDIDAS DE AUSTERIDADE

Maputo

A Associação ActionAid Moçambique (AAMoz) organizou esta quarta-feira (21), em Maputo, uma mesa redonda para discutir a natureza das medidas de austeridade aplicadas pelo governo de Moçambique e o seu impacto para a sociedade moçambicana.

Trata-se de uma iniciativa que contou com a presença de membros da sociedade civil, académicos, estudantes, activistas e outros convidados, que não quiseram perder a oportunidade de acompanhar de perto os debates deste evento.

A iniciativa contou com dois painéis, o primeiro, debruçou sobre as medidas de austeridade anunciadas pelo governo de Moçambique e o seu impacto para a população moçambicana e teve como painelistas, o economista Egas Daniel e a activista social Fátima Mimbire.

Já o segundo painel, que discutiu as vulnerabilidades, choques económicos externos e as medidas directivas que visam a eliminação das isenções fiscais, redução salarial e redução na implementação de investimento público teve como painelistas, Manuel Sibia, da Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane, Roberto Tibana, Economista, Yara Nova do Observatório do Meio Rural (OMR) e Estrela Charles do Centro de Integridade Pública (CIP).

Intervindo na ocasião, o presidente do Conselho de Direcção da AAMoz, Hélder Jauana, referiu que é também missão da organização, reflectir sobre estas temáticas, porque parte das famílias beneficiárias dos projectos da organização, foi afectada pelas medidas anunciadas pelo executivo.

“Reflectir sobre o nosso país é nossa responsabilidade. Ter presente que, o que ocorre hoje, terá implicação sobre as gerações futuras. Para além da reflexão das medidas de austeridade e do impacto que tem na economia, houve vários momentos de intervenções, sendo chamado o compromisso dos jovens, sobre que país devemos ter. Não o compromisso com o meu eu individual, mas um compromisso com o eu colectivo. Como nós vamos, para onde nós vamos e que caminhos estamos a seguir e não simplesmente nos tornarmos caixas de ressonância”, explicou Jauana.

Este encontro ficou marcado pela ausência do Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Ministério da Economia e Finanças apesar de terem sido convidados. Importa salientar que a síntese deste encontro, será remetida às entidades governamentais.