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𝐌𝐔𝐋𝐇𝐄𝐑𝐄𝐒 𝐂𝐑𝐈𝐀𝐌 𝐆𝐑𝐔𝐏𝐎 𝐃𝐄 𝐑É𝐏𝐋𝐈𝐂𝐀 𝐃𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐇𝐄𝐂𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐀𝐔𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐃𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐃𝐔ÇÃ𝐎 𝐀𝐆𝐑Í𝐂𝐎𝐋𝐀 𝐍𝐀 𝐂𝐎𝐌𝐔𝐍𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐃𝐄 𝐒𝐎𝐌𝐁𝐄, 𝐄𝐌 𝐒𝐎𝐅𝐀𝐋𝐀

Comunidade de Sombe, distrito de Caia - Sofala

Beneficiárias do projecto de “Gestão Integrada de Riscos Climáticos (ICRM)”, criam grupo de réplica para partilha de conhecimento e experiência sobre novas técnicas de produção agrícola.

As beneficiárias dizem que com a criação do grupo denominado “Na ICRM Tina Fuma” (enriquecendo com ICRM), pretendem transmitir as técnicas aprendidas no âmbito do projecto, as outras mulheres da comunidade de Sombe, no distrito de Caia, província de Sofala.

“Nós como beneficiárias do projecto, aprendemos a técnica de “Agricultura de Conservação”, que dentre vários benefícios, ajuda na redução da intensidade de rega, que antes era diária e agora são apenas 3 dias por semana, e de duas passamos a regar uma vez ao dia, é por esses benefícios que decidimos partilhar a técnica com as outras mulheres da comunidade", disse Joana João, uma das mulheres beneficiárias directa do projecto ICRM.

Por outro lado, as beneficiárias da iniciativa de réplica, indicam que a expectativa é que com a ajuda das mulheres do ICRM possam melhorar o processo produtivo e obter bons rendimentos.

“A comunidade de Sombe, tem grandes problemas de água, com a técnica de Agricultura de Conservação, iremos poupar água e ainda termos culturas mais resilientes as mudanças climáticas” avançou, Maria Bizeque, uma das mulheres da comunidade de Sombe, beneficiária da iniciativa de réplica.

As beneficiárias estão a fazer réplica, com ajuda de uma motobomba, que a comunidade recebeu, em 2019, no âmbito de resposta ao ciclone IDAI, mas não usavam, por não saber como manusear e por falta de meios para aquisição do combustível para a sua operacionalização. 

Com a situação solucionada, através da capacitação de operacionalização da Motobomba, e do uso, a título de empréstimo, do fundo de Poupança e Crédito Rotativo, (PCR), (outra iniciativa do ICRM), para aquisição de combustível, as mulheres não escondem a sua satisfação:

“Para além de termos aprendido novas técnicas de produção agrícolas, ficamos a saber que a mulher é capaz de produzir usando equipamento como Motobombas, o que nos permite alcançar grandes áreas de produção, estamos felizes, antes apenas produzíamos milho, e não tinha bom rendimento, mas agora podemos produzir hortícolas, isso irá melhorar a nossa dieta alimentar e diversificar a nossa fonte de renda”, disse Teresa Alberto, que pretende usar os lucros da venda de uma parte do produto para matricular e garantir material escolar para os seus filhos. 

De salientar que o projecto Gestão Integrada de Riscos Climáticos é implementado pela Associação ActionAid Moçambique (AAMoz), com financiamento da Agência de Cooperação Internacional da Coreia, KOIKA, num consórcio liderado pelo Programa Mundial para a Alimentação (PMA).

A AAMoz e o PMA pretendem que através do programa de resiliência haja redução de perdas agrícolas, segurança alimentar e meios de subsistência dos beneficiários do projecto, no distrito de Caia, província de Sofala.