INHAMBANE PODERÁ SER A PORTA DE ENTRADA DO CICLONE TROPICAL INTENSO “FREDDY”
Segundo apuramos através do site zoom.earth, o rumo do ciclone tende a desviar-se e poderá entrar sexta-feira ao país, através da província de Inhambane, a uma velocidade de 120 km/h, afectando o estado de tempo nas zonas centro e sul de Moçambique.
No entanto, mesmo antes de entrar no canal de Moçambique, os seus efeitos já se fazem sentir no distrito de Massinga, província de Inhambane, zona sul de Moçambique. Os ventos fortes destruíram várias casas, escolas e campos de agrícolas, deixando várias famílias no prejuízo. Até o momento, não é possível quantificar os danos causados pelos efeitos do ciclone, que neste momento desloca-se para a parte continental de Madagáscar a uma velocidade de 125 km/h.
Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê que epicentro alcance o canal de Moçambique, amanhã, podendo afectar a navegação marítima com ventos tempestuosos entre os paralelos 18 e 24 de latitude sul.
O INAM apela as pessoas para permanecerem dentro de casa e se retirem das zonas baixas, propensas a inundações.
Por seu turno, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) está empenhada em acções preventivas. Tendo para tal, activado na província da Zambézia, 260 Comités Locais de Gestão e Redução do Risco de Desastres.
Um total de 415 salas de aula e 221 igrejas estão a ser preparadas para que, havendo necessidade, sirvam de Centros de Acomodação. À isso adicionam-se 69 bairros de reassentamento. A Delegação Provincial pré-posicionou também bens alimentares e um total de 11 embarcações.
Actividades similares tiveram lugar na cidade da Beira, província de Sofala onde a comitiva do INGD fez trabalhos de sensibilização nas Escolas Secundárias Samora Machel, Sansão Muthemba e ainda no Instituto de Formação em Administração Pública e Autárquica.
A Associação ActionAid Moçambqiue (AAMoz) está neste momento a monitorar a situação para que em tempo oportuno dar melhor resposta. Aliás, foram produzidos materiais de informação, educação e comunicação (IEC) de sensibilização às famílias para que se retirem das zonas de risco e saibam como se proteger do fenómeno.