“𝐏𝐞𝐝𝐢𝐦𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐢𝐧𝐜𝐥𝐮𝐬ã𝐨 𝐞 𝐨𝐩𝐨𝐫𝐭𝐮𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐥𝐢𝐝𝐞𝐫𝐚𝐫”
Discurso das Mulheres Deslocadas Internamente Alusivo ao Lançamento dos 16 dias de Activismo.
O nosso percurso como deslocadas tem sido marcada por grandes desafios, mas também por coragem e resiliência.
Como mulheres, vivemos a dor de abandonar os nossos lares, a incerteza de começar do zero e as dificuldades de reconstruir as nossas vidas.
Apesar disso, permanecemos firmes, determinadas a criar um futuro melhor para as nossas famílias. Infelizmente, o deslocamento aumenta as nossas vulnerabilidades.
Muitas de nós enfrentam o risco constante da violência baseada no género, que nos priva de segurança e dignidade. Por isso, a celebração dos 16 Dias de Activismo é tão importante porque nos dão uma voz para exigir mudanças e soluções concretas.
Precisamos de acesso a serviços essenciais como saúde, educação e espaços seguros, seguimento dos casos de violência baseada no género que são apresentadas por nós, tudo para reconstruir as nossas vidas. Estes não são privilégios, são direitos fundamentais.
Agradecemos a todos os presentes pelo apoio contínuo. Mas pedimos mais a inclusão e oportunidades para liderar. Queremos ser parte ativa na construção de soluções, não apenas beneficiárias de assistência.
Juntos, podemos garantir um futuro melhor onde todas as mulheres, independentemente da sua situação, possam viver com dignidade, livres da violência e cheias de esperança. “Unidos para acabar com a violência contra as mulheres, rumo aos 30 anos da declaração de Beijing”.
De referir que, as mulheres deslocadas internamente participaram da cerimónia de lançamento dos 16 Dias de Activismo, no âmbito do Projecto de Protecção dos Deslocados Internos e Comunidades Acolhedoras, implementado pela Associação ActionAid Moçambique (AAMoz) com fundos da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
O projecto é implementado na província de Nampula, abrangendo os distritos de Nacala, Eráti, Meconta e Nampula.