𝐉𝐎𝐕𝐄𝐍𝐒 𝐄𝐍𝐆𝐀𝐉𝐀𝐃𝐎𝐒 𝐄𝐌 𝐀𝐂𝐓𝐈𝐕𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄𝐒 𝐃𝐄 𝐂𝐎𝐄𝐒Ã𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋 𝐄 𝐏𝐀𝐑𝐓𝐈𝐂𝐈𝐏𝐀ÇÃ𝐎 𝐂Í𝐕𝐈𝐂𝐀, 𝐄𝐌 𝐋𝐈𝐂𝐇𝐈𝐍𝐆𝐀

Um total de 120 jovens das comunidades do distrito de Lichinga, na província de Niassa, passarão a beneficiar de treinamento em engajamento cívico (incluindo participação na tomada de decisões), Poupança e Crédito Rotativo, habilidades para a vida como forma de apoio aos jovens no combate à radicalização e na prevenção ao extremismo violento no norte do país.

Para o efeito, 10 dos 30 jovens de cada comunidade beneficiária do projecto (Lussanhando, Matemangue, Naossa e Malica), participaram (18,05) da indução e apresentação do projecto de “Prevenção ao Extremismo Violento (PVE).

O encontro serviu igualmente para planificação conjunta e revitalização do Movimento Activista Movimento Moçambique (MAM), com objectivo de contribuir para o envolvimento dos jovens nos espaços de tomada de decisão, inclusão da agenda juvenil nos programas comunitários, manter os jovens ocupados e gerar o seu próprio rendimento, reduzindo assim o motivo de recrutamento e promover tolerância e coesão social.

Na ocasião, o técnico da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), Kanath da Silva apelou aos jovens a não se envolverem em agendas e comportamentos que não promovem a coesão social. "Não se deixem aliciar para se envolver aos comportamentos terroristas, pois não ajudam em nada, como jovens devem preocupar-se em empreender, aprender as abordagens do projecto implementado pelo parceiro ActionAid para crescerem saudáveis", apelou o técnico da ADIN.

Por sua vez, o técnico dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia Rosário Januário incentivou aos jovens a “juntarem-se ao Movimento Activista Moçambique e abraçar as intervenções do projecto centradas na coesão social e na construção da paz”.

Durante o encontro, os jovens do Movimento Activista partilharam diversas experiências e boas práticas que visam promover a coesão social e a tolerância, bem como iniciativas de construção da paz através da arte (desporto, poesia, canto, teatro, etc.), empreendedorismo e sessões de diálogo para desconstruir os mitos que se espalham para motivar os jovens a juntarem-se aos grupos extremistas usando, por exemplo, crenças étnicas.

Essas acções fazem parte do projecto financiado pelo Fundo Global de Resiliência e Envolvimento Comunitário (GCERF), com o objectivo de prevenir o extremismo violento e a radicalização no norte de Moçambique, implementado nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula de 2024 a 2026.