𝐀 𝐩𝐚𝐳 𝐜𝐨𝐦𝐞ç𝐚 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐡á 𝐝𝐢á𝐥𝐨𝐠𝐨, 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐞 𝐢𝐧𝐜𝐥𝐮𝐬ã𝐨. 𝐄 𝐢𝐬𝐬𝐨, 𝐧ó𝐬 𝐣á 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐚 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐫

Prevenção do Extremismo Violento
Entre Março e Setembro de 2025, o Movimento Activista Moçambique (MAM) alcançou 2.935 beneficiários na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, por meio de intervenções integradas de prevenção ao extremismo violento, promoção da participação juvenil e fortalecimento da coesão social.
As acções promovidas pelo MAM-CD, com o apoio do Conselho Cristão de Moçambique (CCM) e da ActionAid Moçambique (AAMoz), priorizaram a escuta activa, a participação comunitária e a construção de soluções locais para desafios estruturais como a exclusão juvenil, o desemprego e o risco de aliciamento por grupos extremistas.
O envolvimento dos jovens e líderes comunitários deu-se em espaços de diálogo onde foram discutidos desafios concretos e identificadas soluções alinhadas à realidade local. A partir desse processo, surgiram centros juvenis que hoje funcionam como pontos de encontro seguro, onde os jovens partilham experiências, desenvolvem competências e reforçam os laços comunitários.
A mensagem de paz e inclusão ultrapassou os encontros presenciais e alcançou um público mais amplo através de um debate radiofónico na Rádio Sem Fronteiras, centrado na convivência e na tolerância.
O desporto também serviu como ferramenta de mobilização juvenil, com um torneio de futebol que reuniu jovens de diferentes bairros, reforçando o espírito de equipa e oferecendo alternativas concretas ao risco de recrutamento por grupos extremistas.
Estudantes de várias escolas participaram em sessões de sensibilização sobre sinais de recrutamento extremista, com foco no pensamento crítico e na capacidade de reconhecer riscos no seu meio. A informação foi apresentada de forma acessível e adaptada à realidade dos jovens, promovendo um ambiente escolar mais atento e informado.
Estudantes de várias escolas participaram em sessões de sensibilização sobre os sinais de recrutamento extremista, com ênfase na capacidade de reconhecer riscos no seu contexto. A informação foi apresentada de forma acessível e alinhada à realidade dos jovens, promovendo um ambiente escolar mais atento e consciente.
Mais de dois mil cidadãos envolveram-se em acções de limpeza comunitária, que reforçou práticas básicas de higiene e demonstrou o poder da mobilização colectiva na promoção da saúde pública. A actividade foi também uma forma prática de incentivar o cuidado com os espaços comuns e o compromisso com o bem-estar colectivo.
Jovens activistas e beneficiários do projecto foram capacitados em salvaguarda e prevenção à radicalização. A formação abordou temas como alerta precoce, protecção de grupos vulneráveis e apoio a vítimas de conflitos, fortalecendo a capacidade de resposta comunitária com base em recursos locais.
A saúde mental foi integrada na abordagem através de palestras sobre apoio psicossocial, que abordaram estratégias de resiliência e o acesso a serviços sociais básicos. A iniciativa reforçou o papel das comunidades na protecção emocional dos seus membros, especialmente em contextos afectados por conflitos.
Para reflectir sobre os resultados alcançados e preparar os próximos passos, o Movimento Activista, a ActionAid Moçambique, o CCM-CD, organizações parceiras como a Kuendeleya e os próprios beneficiários participaram numa mesa-redonda dedicada à partilha de boas práticas, avaliação de impacto e identificação de oportunidades de melhoria na prevenção do extremismo violento
Os resultados destas intervenções são evidentes: jovens com mais acesso à informação e ferramentas para resistir à radicalização; comunidades mais participativas e conscientes dos seus direitos; e novas lideranças locais preparadas para dar continuidade ao trabalho iniciado.
A iniciativa integra o Projecto de Prevenção do Extremismo Violento, implementado em Cabo Delgado, Niassa e Nampula pela ActionAid Moçambique, em consórcio com a Associação ASSANA, o Conselho Cristão de Moçambique (CCM – Cabo Delgado e Niassa), a Fundação NUNISA e a Associação Kuendeleya, em parceria com a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) e com o apoio do Fundo Global de Engajamento e Resiliência da Comunidade (GCERF).
Através destas acções, o projecto está a contribuir para a construção de comunidades mais resilientes, informadas e solidárias, capazes de enfrentar não apenas os efeitos do conflito, mas também de reconstruir uma nova narrativa de paz, justiça e esperança.