ACTIONAID MOÇAMBIQUE ENCERRA PROJECTOS DE RESILIÊNCIA CLIMÁTICA NO DISTRITO DE CAIA COM BALANÇO POSITIVO

Trata-se dos projectos “Reconstrução Pós-Ciclone Idai”, financiado pela Fundação Alborada, e “Gestão Integrada de Riscos Climáticos” (ICRM), apoiado pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA) e pela Agência de Cooperação Internacional da Coreia (KOICA).
A Associação ActionAid Moçambique (AAMoz), manteve esta segunda-feira (06), no distrito de Caia, província de Sofala um encontro de cortesia com o governo local, no âmbito do encerramento formal dos projectos “Reconstrução Pós-Ciclone Idai”, financiado pela Fundação Alborada, e “Gestão Integrada de Riscos Climáticos” (ICRM), apoiado pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA) e pela Agência de Cooperação Internacional da Coreia (KOICA).
A reunião decorreu com o Secretário Permanente Distrital, Zacarias Jofre, em representação da Administradora Distrital, e com o Director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE), Domingos Alfândega.
A AAMoz esteve representada pelo Gestor de Políticas e Programas Humanitários, Johannes Chiminya, que avançou os resultados alcançados e o impacto positivo das intervenções junto das comunidades locais.
“Os projectos chegaram ao fim, mas o nosso trabalho em Caia continua. Construímos sombráculos em várias localidades, capacitámos agricultores em práticas de agricultura de conservação e criámos grupos de Poupança e Crédito Rotativo (PCR). Actualmente, contamos com 40 grupos activos que continuam a dinamizar a produção e a fortalecer a resiliência comunitária”, afirmou Chiminya.
Por sua vez, o Secretário Permanente Distrital, Zacarias Jofre, reconheceu o impacto visível das acções desenvolvidas pela AAMoz, tendo sublinhado o papel importante da agricultura sustentável na melhoria das condições de vida.
“As comunidades estão hoje mais preparadas para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. A introdução de técnicas de conservação do solo e de cultivo sob sombráculos trouxe resultados concretos, o que permitiu aos agricultores garantia da segurança alimentar e aumento da sua renda”, frisou.
O governante acrescentou ainda ser importante que o trabalho desenvolvido pela ActionAid Moçambique continue a ser reforçado e alinhado com as prioridades locais, sobretudo através da consolidação dos grupos de poupança e crédito rotativo (PCR).
“É importante continuar a pensar em Caia e fortalecer os grupos de PCR. O distrito dispõe de fundos de desenvolvimento distrital que podem ser uma mais-valia para os membros destes grupos, porque eles já têm noção de investimento e capacidade de gerir pequenos negócios”, defendeu Jofre.
Já o Director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas, Domingos Alfândega, valorizou a abordagem participativa da AAMoz e o envolvimento directo das comunidades.
“Os projectos deixaram capacidades instaladas e grupos organizados que continuarão a trabalhar de forma autónoma. Este é um legado importante para o desenvolvimento local”, afirmou.
Os projectos “Reconstrução Pós-Ciclone Idai”, e “Gestão Integrada de Riscos Climáticos” (ICRM), foram implementados pela AAMoz com o objectivo de melhorar a produção agrícola, aumentar a resiliência das comunidades e fortalecer a segurança alimentar. As iniciativas abrangeram comunidades duramente afectadas pelos impactos do ciclone Idai e pelas mudanças climáticas.
Importa referir que entre as principais realizações, destaca-se a construção de sete (7) sombráculos com uma área total de 600 m² nas comunidades de Nharugue, Sombreiro, Sachombe, Chibongoloa, Tanga-Tanga, Sombe e Njezera. Estas estruturas destinam-se ao cultivo de hortícolas como cebola, pimenta, tomate, alho e couve-tronchuda, beneficiando directamente 557 agricultores. A tecnologia de sombráculos tem permitido às famílias cultivar durante todo o ano, reduzir perdas por pragas e melhorar a qualidade dos produtos.