REASSENTADOS EM PULO, BENEFICIARAM DO APOIO DA ACTIONAID, MAS VOLTARAM A PERDER TUDO DEVIDO AOS ATAQUES
Neste momento, as activistas clamam pelo apoio quer para reiniciar as suas actividades bem como para a sua própria sobrevivência.
Trata-se de activistas selecionadas e capacitadas pela Associação ActionAid Moçambique, em matérias de Violência Baseada no Género (VGB), Apoio Psicossocial e abordagem de Espaços Seguros.
Já treinadas, as activistas faziam trabalhos de identificação de mulheres, jovens e raparigas vítimas de diversos tipos de violência e faziam o devido acompanhamento, como forma de reduzir ou acabar com a Violência Doméstica e Violência Baseada no Género.
Com o objectivo de reforçar a protecção das mulheres, raparigas, crianças deslocadas e comunidade local a ActionAid Moçambique estabeleceu um Espaço Seguro, na localidade de Pulo, distrito de Metuge, em Cabo Delgado.
A ActionAid também garantiu material de visibilidade para as 35 activistas. Para além de camisetas, bonés e pastas as activistas dos Espaços Seguros de Pulo, no distrito de Metuge, em Cabo Delgado, receberam fichas de recolha de dados onde faziam o registo de casos de violência contra mulheres, raparigas e crianças.
Entretanto, com o ataque registado no dia 22 de Setembro, tiveram que fugir, o que obrigou a suspensão das actividades, visto que as próprias activistas encontram-se dispersas, algumas em Metuge e outras em Mieze e Pemba.
As activistas encontram-se desmotivadas pelo facto de terem perdido tudo novamente, incluindo o apoio dado pela ActionAid.
Refira-se que as activistas fazem parte de um total de 250 mulheres, que beneficiaram de apoio da ActionAid, no dia 7 de Abril (2022) no centro de reassentamento de Pulo, no distrito de Metuge, em Cabo Delgado.
Trata-se de duzentos e cinquenta Kits de Dignidade compostos de pensos higiénicos reutilizáveis, lanterna, purificador de água, sabão bingo, balde de 25 litros com e sem tampa, panelas, colheres de pau, talheres, pratos e copos plásticos. O apoio tinha como objectivo contribuir para a melhoria das condições de vida dos deslocados internos, devido ao conflito armado e à violência na província de Cabo Delgado.
Neste momento, as activistas clamam pelo apoio quer para reiniciar as suas actividades bem como para a sua própria sobrevivência.