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𝐀𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍𝐀𝐈𝐃 𝐓𝐑𝐀Ç𝐀 𝐄𝐒𝐓𝐑𝐀𝐓É𝐆𝐈𝐀𝐒 𝐃𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐋𝐈𝐃𝐀𝐑 𝐂𝐎𝐌 𝐀 𝐂𝐑𝐈𝐒𝐄 𝐂𝐋𝐈𝐌Á𝐓𝐈𝐂𝐀 𝐀𝐎 𝐍Í𝐕𝐄𝐋 𝐃𝐀 Á𝐅𝐑𝐈𝐂𝐀 𝐀𝐔𝐒𝐓𝐑𝐀𝐋

Foto família encontro de reflexão AAMoz SADC

Numa altura em que o mundo está sob efeitos do “El Niño”, fenómeno que deverá causar aumento da temperatura, falta de chuva, seca e insegurança alimentar, a ActionAid está reunida, desde esta terça-feira (30,01), em Maputo, Moçambique, num encontro de reflexão para melhor preparação e resposta à emergências para a época 2023/24 na África Austral.

Para além da revisão de planos de preparação e respostas à emergências para época 2023/24, o encontro vai permitir a partilha de actividades que os países com projectos da ActionAid propensos a catástrofes na região estão a realizar no contexto do El Niño, bem como consolidar os planos nacionais de preparação e resposta à emergências.

Para Gaspar Sitefane, director Executivo da Associação ActionAid Moçambique (AAMoz), a prevenção do agravamento de impactos das mudanças climáticas requerer união e acções coordenadas.

“As mudanças climáticas constituem uma emergência humanitária que requer união e acções coordenadas de defesa climática, advocacia pública e ao mais alto nível”, afirmou o director da AAMoz, durante o discurso de abertura do encontro que terá duração de três dias, que junta Moçambique, Zimbabué e Malawi.

Durante o primeiro dia do encontro, os participantes debateram sobre riscos de protecção, meios de subsistência, soluções resilientes, Abordagem Baseada nos Direitos Humanos e Assinatura Humanitária da ActionAid (IHART), protecção baseada na comunidade liderada pelas mulheres e lições aprendidas na resposta ao ciclone tropical “Freddy”, que atingiu Madagáscar, Malawi e Moçambique no início de Março do ano passado, com algumas partes da Zâmbia e do Zimbabué afectadas, quebrou vários recordes mundiais, incluindo o ciclone tropical mais longo alguma vez registado, a maior energia de acumulação alguma vez registada de qualquer tempestade do hemisfério sul na história e os maiores períodos de reintensificação de tempestades.

O ciclone deixou um rastro de destruição em países da ActionAid, como o Malawi, onde cerca de 2.267.458 pessoas foram afectadas, incluindo 659.278 pessoas deslocadas (336.252 mulheres; 323.026 homens), 679 mortos e mais de 530 pessoas declaradas desaparecidas. Além disso, o impacto do ciclone "Freddy" resultou em más colheitas em partes do sul do Zimbabué, sul de Moçambique e sul do Malawi, o que criou insegurança alimentar nessas áreas.

É neste contexto que, os países com projectos da ActionAid propensos a catástrofes na região estão reunidos, num seminário de três dias, para fortalecer o conhecimento e a capacidade nas áreas de preparação para emergências (prevenção e resposta) e melhorar a visibilidade de tais acções.