MANHIÇA REALIZA SIMULAÇÃO PARA PREPARAÇÃO DA ÉPOCA CHUVOSA E CICLÓNICA

“Este exercício reforça o apelo do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD): melhor prevenir do que remediar"
Teve lugar esta quinta-feira (04), no posto administrativo 03 de Fevereiro, distrito da Manhiça, província de Maputo, uma simulação prática destinada a reforçar a preparação comunitária para a época chuvosa e ciclónica.
A actividade liderada pela Associação ActionAid Moçambique (AAMoz) em parceria com o Núcleo Académico para o Desenvolvimento da Comunidade (NADEC), contou com a participação activa dos membros do comité local de gestão de riscos e activistas que demonstraram, passo a passo, o processo de resposta, desde a monitoria meteorológica até a assistência às vítimas em situação de emergência.
Ilda Ripinga, representante dos Serviços Distritais de Planificação e Infraestruturas (SDPI) da Manhiça, explicou que o exercício permitiu testar todas as fases de preparação e resposta.
“Começámos com a análise das previsões meteorológicas, depois passámos para a mobilização das comunidades em zonas de risco, o resgate de famílias, a sua acomodação temporária em centros de abrigo e, por fim, a assistência humanitária básica”, detalhou.
Johannes Chiminya, Gestor de Políticas e Programas Humanitários da AAMoz, indicou que a acção está alinhada com os esforços nacionais para reduzir perdas humanas em contextos de desastre.
“Este exercício reforça o apelo do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD): melhor prevenir do que remediar - salvar vidas deve ser a prioridade máxima em qualquer resposta a cheias e ciclones”, sublinhou.
Para o gestor, o simulado permitiu igualmente ainda sensibilizar as comunidades locais sobre a importância de seguir as orientações das autoridades em momentos críticos.
“Este distrito sempre sofre com cheias e inundações e hoje, acompanhamos com se faz um resgate, primeiros socorros e o processo de acomodação, tudo para salvar vidas.
Paulo Armindo, membro do comité, elogiou a iniciativa e explicou que a prática contribui para uma maior preparação colectiva.
“Agora sabemos como agir quando as águas começarem a subir. É importante que estas actividades continuem, porque só assim conseguimos proteger as nossas famílias”, disse.
Importa referir que esta actividade faz parte do Projecto de Suporte Estratégico de Resposta Humanitária em Moçambique, financiado pela People’s Postcode Lottery (PPL), que prevê a realização de simulações semelhantes em outros pontos do país.