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MOÇAMBIQUE PILOTA NOVO MANUAL DE PREVENÇÃO DO EXTREMISMO VIOLENTO, FINANCIADO PELO GCERF

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O encontro, que terminou na última sexta-feira (21), teve como foco aprofundar conceitos-chave sobre extremismo violento e capacitar os participantes no uso do novo Manual de PVE apresentado pelo GCERF.

Teve lugar durante dois dias em Maputo, uma formação intensiva sobre Prevenção do Extremismo Violento (PVE), que reuniu na mesma sala, organizações financiadas pelo Fundo Global para o Engajamento e Resiliência Comunitária (GCERF) e o governo através da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN).

O encontro, que terminou na última sexta-feira (21), teve como foco aprofundar conceitos-chave sobre extremismo violento e capacitar os participantes no uso do novo Manual de PVE apresentado pelo GCERF.

O treinamento contou com a presença de representantes de organizações da sociedade civil, técnicos de programas e entidades governamentais envolvidos em iniciativas de resiliência comunitária. Segundo os organizadores, o objectivo central foi reforçar conhecimentos e alinhar abordagens sobre prevenção do extremismo violento, num contexto em que Moçambique enfrenta desafios complexos relacionados a este fenómeno.

Durante a sessão de abertura, o responsável do GCERF, Mickael Amar, sublinhou que a criação do Manual de PVE resulta de um processo longo e abrangente. 

“O GCERF conseguiu recolher várias experiências em mais de 25 países. Ao longo de 10 anos, reunimos aprendizagens importantes e, por isso, decidimos desenvolver este manual, que hoje apresentamos oficialmente. Escolhemos Moçambique como piloto porque reconhecemos o seu potencial e a necessidade de reforçar as capacidades sobre extremismo violento”, afirmou.

Prosseguindo, o representante acrescentou que o manual pretende servir como uma ferramenta prática que orienta organizações na implementação de projectos de prevenção, por forma a garantir maior consistência e qualidade nas intervenções. Para o GCERF, esta abordagem permitirá que as iniciativas no terreno sejam mais eficazes e que as comunidades beneficiem de conhecimentos adaptados à sua realidade.

Por sua vez, o representante da ADIN, Haggai Mário, fez menção a importância da parceria estabelecida com o GCERF, formalizada em 2023, e reiterou o compromisso conjunto de fortalecer a prevenção do extremismo violento no país. 

“Queremos levar a experiência de Moçambique para o portfólio do GCERF. Este treinamento é parte fundamental desse processo. Queremos que saiam daqui pessoas preparadas, capazes de replicar estas metodologias nas suas comunidades e organizações”, declarou.

Os participantes puderam avaliar casos reais, compreender padrões de risco e explorar formas de promover resiliência comunitária, com base nos princípios do manual agora introduzido.

“Este treinamento fortalecerá as nossas capacidades no terreno, através das novas abordagens de prevenção. Os terroristas usam novas estratégias e é importante aprender um pouco mais, para face ao extremismo violento”, disse Lucas Mabunda.

“Espero que possamos reforçar os conhecimentos aquiridos, para melhorar a nossa implementação e hamonizar os conceitos sobre extremismo violento”, referiu Letícia Malunga.

“Esperamos que, com ferramentas mais sólidas, as intervenções no terreno tenham um impacto mais visível e sustentável”, frisou Ernesto Fernando.

Refira-se que, os projectos financiados pelo GCERF, estão a ser implementados nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula até 2026.