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“A POUPANÇA AJUDOU-ME A RECOMEÇAR DEPOIS DO DESLOCAMENTO”

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“A poupança ajudou-me a recomeçar depois de tudo o que vivi”

Resumo

O deslocamento forçado provocado pelo conflito armado no norte de Moçambique afectou profundamente milhares de jovens. Januário, de 33 anos, deslocado da província de Cabo Delgado, encontrou no grupo de poupança e crédito rotativo uma oportunidade de reconstruir a sua vida em Lichinga, na província de Niassa.


Através do acesso ao crédito comunitário no âmbito do Projecto “Prevenção do Extremismo Violento”, implementado pela Associação ActionAid Moçambique (AAMoz), Januário investiu na agricultura, aumentou a sua área de produção e passou a gerar rendimento para sustentar a família. Para além do impacto económico, a poupança contribuiu para o seu bem-estar emocional e ofereceu estabilidade, dignidade e esperança após a experiência traumática do deslocamento.

 

Informação sobre o programa

No contexto da crise humanitária que afecta o norte de Moçambique desde 2017, o Projecto “Prevenção do Extremismo Violento” aposta na capacitação económica da juventude como estratégia para reduzir a vulnerabilidade ao recrutamento por grupos extremistas e promover a coesão social nas comunidades de acolhimento.

 

História

Januário Baltazar tem 33 anos e é deslocado da província de Cabo Delgado. Actualmente, vive no bairro de reassentamento de Malica, em Lichinga, onde integra um grupo de poupança e crédito rotativo como membro e facilitador de Reflect.

Com o apoio do grupo, apresentou um plano de negócio e obteve um empréstimo de 10.000 meticais, investido na compra de insumos agrícolas e no pagamento de mão-de-obra para trabalhar na machamba. Hoje, cultiva um hectare e meio de terra, onde produz milho e hortícolas como repolho, cebola e couve.

Os rendimentos permitiram-lhe melhorar as condições de vida da sua família e investir em bens básicos de lazer, o que contribuiu para a recuperação emocional após o deslocamento forçado. Para Januário, a poupança representa uma base sólida para reconstruir a vida com dignidade.

 

“A poupança ajudou-me a recomeçar depois de tudo o que vivi”


“Hoje tenho um hectare e meio de machamba graças ao grupo de poupança”


“Produzo milho e hortícolas que me ajudam a sustentar a minha família”


“Queremos que estes apoios continuem para podermos crescer ainda mais”